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37 anos. CA de Mama em 2008. A CURA está dentro de mim.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Puxando peso...



Especial exercícios: musculação é necessária?
Fórmula ideal mescla exercícios aeróbicos com os de força e flexibilidade.
Exercícios de força: mais queima calórica e menos gordura.
Não importa qual o objetivo – emagrecer, entrar em forma, conseguir um corpo torneado ou ter uma vida mais saudável – para alcançá-lo, sim, é obrigatório enfrentar a musculação. De acordo com especialistas, a fórmula do exercício físico perfeito é a combinação equilibrada entre aeróbicos, força e flexibilidade. Para o fisiologista Renato Romani, do Centro de Fisiologia do Exercício da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a musculação é tão fundamental quanto a caminhada, por exemplo. Portanto, pare de ignorar aparelhos e pesos e coloque esses músculos para trabalhar. Além dos benefícios estéticos, que podem ser conferidos a olho nu, os chamados exercícios de resistência reduzem o percentual de gordura e promovem a queima de calorias horas depois de a malhação ter acabado. “Quanto mais músculo se tem, mais energia se gasta. O metabolismo fica mais acelerado”, revela Paulo de Tarso, professor de Educação Física e Mestre em Biociências da Atividade Física pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). E nem é preciso praticá-la todos os dias, basta incluí-la no treino três vezes por semana, de 20 a 50 minutos. Como muitas mulheres, Mariana Cintra, 26 anos, entrou na academia para perder medidas e ficou impressionada com o resultado obtido com a musculação, praticada em dias alternados, durante 30 minutos. No início, a assistente administrativa, que nunca havia levantado peso, duvidava da eficiência do exercício e tinha medo de ficar com o visual masculinizado. “Eu queria emagrecer e ganhar forma, mas sempre tive pavor de ombros largos, braços muito fortes. Hoje, eu acho meu corpo mais bonito e sinto que consigo realizar os trabalhos do dia a dia com mais facilidade”, ressalta.
A resposta ao exercício é individual e diferente de pessoa para pessoa. Por isso, não adianta entrar na academia querendo pernas como as de Ivete Sangalo ou braços como os de Madonna. “A genética influencia, mas não é determinante. Nem todo mundo nasceu para ser atleta olímpico, por exemplo, mas qualquer um pode entrar em forma”, avalia Romani. Além disso, “fatores como meio ambiente, tipo de alimentação, horas de descanso e tempo de dedicação ao corpo têm efeito sobre o resultado”, ressalta Ricardo Munis Nahas, ortopedista e diretor científico da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBME). O treino deve ser prescrito por um profissional qualificado, levando em consideração a saúde, o tempo disponível, a idade e o objetivo de cada aluno. A resposta à musculação pode mudar dependendo até da parte do corpo que está sendo trabalhada. “Uma mesma pessoa pode ter um resultado melhor para o bíceps, mas pior para peitoral”, diz o professor de Educação Física, Paulo de Tarso. Intensidade e frequência também são duas variantes importantes na definição de uma boa ginástica. Para Renato Romani, quem quer tonificar o corpo e ganhar saúde deveria optar por um treino com pouco peso e muita repetição. No caso de quem procura hipertrofia muscular – ficar forte mesmo – o indicado é o exercício repetido poucas vezes, mas com peso maior.

A resposta à musculação depende do corpo e do peso da pessoa.





A ordem dos exercícios – aeróbico primeiro e anaeróbico em seguida, ou vice e versa –, não faz diferença, mas o treino deve ser individualizado. A pessoa que corre, por exemplo, fica com os membros inferiores cansados e não consegue aplicar a força necessária se for fazer musculação depois, diminuindo a eficiência do exercício. “O aluno tem que perceber como se sente melhor e escolher a ordem de como prefere treinar”, aconselha o professor Paulo. O fisiologista Renato Romani desmistifica a realização do alongamento logo após o treino. Para ele, a prática não é contra indicada, mas não traz benefícios para a musculação. O professor Paulo de Tarso reforça a tese: “não é uma coisa científica, mas é uma sensação de relaxamento, de alívio.”

Chris Bertelli, iG São Paulo 08/02/2010

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