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37 anos. CA de Mama em 2008. A CURA está dentro de mim.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Histórias do Araguaia...



A primeira é que eu estou com intoxicação alimentar de tanto comer enroladinho de queijo e torta de atum no "Porta Aberta" em Itauçu! Aff! Passei o domingo do banheiro pro quarto e do quarto pro banheiro... Mesmo assim, algumas notas merecem registro. Chegamos ao condomínio com todos os chalés ocupados. Destaque para a grande família de Anápolis, dona de uma funerária, que tinha um ajudante "BomBril" (tipo 1001 utilidades, sabe?) chamado Bagaceira, show de pessoa. O cara, baixinho, moreninho, que adora uma cerveja e estava mais bêbado do que qualquer um deles, a qualquer hora do dia, era o nome mais ouvido naqueles limites de terra na beira do rio. Todos só queriam saber do Bagaceira. Até eu que não era da família dele! De sábado pra domingo, muitos casais quiseram pernoitar e só um estava autorizado. Contudo, a Zezé, esposa do síndico do condomínio foi ao centro tentar ver o show do Almir Sater, e havia incumbido o caseiro de recebê-los e abrir a porta do chalé. E ele? Foi dormir. Sobrou pra quem? Bagaceira. O nosso herói foi tentar abrir a qualquer custo o quarto e aliviar o casalzinho cansado, mas eis que a chave quebrou na fechadura. E chega a Zezé com o caseiro, meio dormindo, nós, as crianças, um bebê, os outros hóspedes, todos, enfim, acordados, querendo saber o que estava acontecendo. Resolvido o problema. Fomos dormir. Ainda no sábado, à tarde, minha mãe, fã, ligou o rádio no programa do Paulo Silva, na Rádio Aruanã. Um cara antenado da geração dos anos 70, comandante de uma seleção de hits que iam de ABBA, passando por Vanusa, virando a curva com Roberto Carlos (Jovem Guarda), terminando com Milionário & José Rico. Que alegria! Meus pais estavam no Liceu de Goiânia em pleno Araguaia! E eu, comendo churrasco e adorando tudo. Pôr-do-sol, infalivelmente, a estrela do Araguaia. De tardezinha, fiz questão de testemunhar a chegada dos 25 caminhantes de 350 km, dentre eles alguns índios, caboclos, brancos (se isto é possível) e negros. Todos, agradecidos, rezaram Ave Maria e Pai Nosso, depois de tomarem banho na beira do Araguaia, sem dúvida, um espetáculo à parte. Lá, barcos, lanchas, catamarãs, jet skis, canoas, gente nadando, enfim, pessoas presenciando aquela vitória de alguns, representando a de vários, dos homens, de Deus... E eu lá no meio, até fui ver se não havia aparecido na capa de O Popular, acredita? Inesquecível. Percebi que pra aqueles indivíduos, nada pagava a sensação de ter conseguido vivenciar com sucesso os cinco dias de desgaste físico, mental e emocional daquela caminhada da capital para o Rio Araguaia. No domingo, no outro programa de rádio, o locutor pedia pra todos os ouvintes ajudarem no paradeiro de um jabuti perdido por um menino, filho de um grande amigo dele da cidade mesmo. Coisas do Araguaia. Como diz meu pai, lá só vão pessoas que realmente sentem uma ligação forte com aquela natureza, com aquele povo simples e astuto, cheio de vida, pureza, alegria, disposição e esperança. Por isso é que, mesmo passando um pouco mal, eu agradeço a oportunidade de ter ido lá. Foi muito bom. Preciso ficar boa: amanhã irei para Belo Horizonte, ao Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia 2010. Saúde!

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