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37 anos. CA de Mama em 2008. A CURA está dentro de mim.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Procrastinação...

Tive um professor que me disse que eu não conseguia esperar alguém me ensinar a pescar... Já queria o peixe frito. Lendo esta reportagem, pensei, agradecida, que eu não procrastino a maioria das coisas que eu tenho que fazer. O meu desafio é tentar viver um dia de cada vez, aproveitando o presente assim como ele é. Antes, queria tudo para ontem. Hoje, MINHA VIDA É AGORA. Graças a Deus.



Considerado um distúrbio de comportamento, o ato de adiar algumas tarefas vem sendo analisado mais de perto nos últimos anos. Normalmente confundido com preguiça, ele pode esconder alguns traumas maiores, como depressão ou déficit de atenção. O psiquiatra Bill Knaus dividiu o distúrbio em três tipos básicos em um artigo recente no Psychology Today .

Segundo Knaus, há a procrastinação por criação de problema, a comportamental e a retardatória. “A primeira acontece quando a pessoa toma a decisão de adiar porque acha que terá mais tempo para resolver o problema mais tarde”, diz Rachel Kerbauy, psicóloga pela USP.

Rachel Kerbauy, que é um dos principais nomes na pesquisa sobre procrastinação no Brasil, explica que este primeiro tipo é o mais comum no Brasil. É o famoso ‘deixar para última hora’, segundo a professora. De acordo com Knaus, as pessoas que deixam as coisas para o último minuto culpam as outras pelo fato e não percebem que o que fazem é algo crônico.

Já a procrastinação comportamental, o segundo tipo apontado por Knaus, é aquela que ocorre quando a pessoa faz listas, planos e planilhas e, mesmo assim, não segue nada do que planejou. Kerbauy explica que o medo é uma das principais explicações para esse tipo de ato. “Ela não executa por medo do resultado. Parece que está fugindo dele”, explica a professora.

Bill Knaus diz que os indivíduos que têm a procrastinação comportamental são aqueles que gostam mais de planejar do que de fazer. Kerbauy explica que os procrastinadores deste tipo são pessoas que não sabem quais são as suas prioridades e, dessa forma, adiam para não ter que lidar com o problema.

O último tipo de procrastinação é o retardatório, quando a pessoa começa a fazer várias coisas antes de cumprir um compromisso que tinha combinado anteriormente. Knaus aponta que essas pessoas podem ter também tendências compulsivas - precisam se colocar sob pressão para conseguirem ser pontuais ou terminarem as ações que iniciaram.

Kerbauy, que trabalha com o assunto há mais de 15 anos, diz que o distúrbio, independentemente do tipo, não pode ser confundido com preguiça. “O preguiçoso tem condições, mas não faz o que precisa, a pessoa que procrastina não consegue definir o que é importante e acaba adiando a ação, não consegue fazer”, completa.

Segundo o psiquiatra Bill Knaus, algumas atitudes ajudam a vencer a mania de deixar as coisas para depois:

- Preste atenção no que você pensa quando decide deixar algo para última hora. E se pergunte sempre se vale passar por todo o estresse de não cumprir a tarefa programada
- Não comece algo se acha que não vai cumprir o que começou;
- Analise se prefere fazer ou organizar aquilo a ser feito. Primeiro organize, depois faça;
- Faça uma lista das coisas que precisa fazer e as numere por ordem de preferência. Depois, inverta a lista e comece com o que menos gosta;
- Pense sempre nos benefícios de fazer as coisas com uma certa antecedência.

Camila de Lira, iG São Paulo 25/05/2010

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