III Jornada Goiana de Geriatria & Gerontologia...

Aconteceu neste fim de semana e o tema foi "Longevidade, Saúde e Envelhecimento". Meu contato com as aulas é estranho. Ouvir todos aqueles dados sobre expectativa de vida em tais e tais circunstâncias me tornam um pouco cética. No bom sentido, pois entrego todos para Jesus e que ele abençoe... Todos nós que passamos por experiências de doenças graves e vamos atrás da cura. Diariamente. Somente Ele sabe o que é melhor para cada um de nós. Sabe tudo sobre nossas vidas. Somente Ele nos coloca aqui nesse mundo e é Ele que nos conduzirá à eternidade. Pelo seu poder, todas as estatísticas tornam-se irrelevantes. Ele é o Deus do impossível. Interessante é refletir sobre tudo o que é falado com autoridade de quem nunca soube o que é sofrer porque está com um câncer, ou teve um AVC, ou está demente, etc. Não os culpo ou julgo. É o trabalho dos médicos que lidam com tais problemas no seu consultório e a sua prática clínica os impele para acreditar daquela forma em todos aqueles dados. A Medicina precisa de dados para avançar e proporcionar o melhor caminho a ser percorrido. Porém, olhava aquele auditório cheio de colegas, mas representava os pacientes no meu interior. Todos sabemos que o médico é o pior paciente. E eu, desde que soube que havia ficado doente, comprometi-me com a condição de paciente. E, depois, de médica. Senão, não daria conta. Ou tudo seria mais difícil para aceitar. Acreditar. Curar. Minha visão diante das doenças não poderia permanecer a mesma depois de tudo. Inevitavelmente, meu corpo, mente, alma e espírito mudaram. O olhar e o entendimento das coisas também. Acredito que para melhor porque consigo visualizar os dois lados do tratamento: o que trata e o que é tratado. Contudo, sinto-me, ainda, sentada na cadeira de cá da mesa do médico. Aconselho a todos os colegas a fazerem o mesmo. Conto com Deus, o Médico dos médicos e com a minha equipe para dar conta do recado. E tem dado certo assim...