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37 anos. CA de Mama em 2008. A CURA está dentro de mim.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Fé & Ciência...



A fé dos pacientes deixou de ser “aceita” pela ciência apenas quando o quadro do doente é extremamente grave, sem a menor chance de recuperação. Com o respaldo de pesquisas científicas, a evidência é que o efeito da espiritualidade na saúde não precisa ser limitado quando há dificuldade de cura. A fé pode ser preventiva.

Se antes recorrer à religião era ato comum em vítimas de câncer, aids ou qualquer outra doença que ainda desafia a medicina, agora as “doses de oração” já são recomendadas por alguns médicos para tratar e prevenir problemas mais simples como hipertensão, colesterol e diabetes.

Um dos cardiologistas mais conceituado do País, Roque Marcos Savioli, afirma que “com certeza, em questão de tempo, os médicos vão receitar fé aos seus pacientes, inclusive, para diminuir os custos de internação em hospitais.”

Savioli, que é diretor da Unidade de Saúde Suplementar do Instituto do Coração de São Paulo (Incor) e atua em uma comissão internacional para avaliar quando um caso médico pode ser considerado “milagre”, explica que os mecanismos por trás da boa influência da fé na saúde não são nada sobrenaturais e, sim, físicos.

“Um estudo internacional muito importante (publicado no Journal of Neuroscience, em 2001) realizou ressonância magnética no cérebro de religiosos no exato momento da oração”, diz. “Ficou atestado que a leitura do salmo ativa áreas cerebrais relacionadas ao sistema imunológico, o que protege corpo humano de várias doenças”, afirma.

A comprovação científica dos efeitos da fé na saúde fez com que a espiritualidade e a medicina ficassem mais próximas, depois de anos trilhando caminhos separados. No exterior, a partir do ano 2000, coleções de estudos e pesquisas foram realizadas para comprovar o uso terapêutico da reza, inclusive para benefício de terceiros.

No Brasil, os ensaios científicos do tipo ainda são escassos, mas a descoberta dos mecanismos internos da oração (em qualquer credo) como bons influentes em indicadores básicos de saúde despertou interesse nacional. No próximo Congresso Brasileiro de Cardiologia há uma real chance de que o tema fé seja apresentado à elite médica do País. O foco é a influência da espiritualidade na principal vilã cardíaca, a pressão alta.

Uma reunião de 16 estudos, analisados pela comissão do International Journal of Psychiatry in Medicine, encontrou em 14 deles uma relação positiva entre oração e menores níveis de hipertensão. Em um deles, foram acompanhados 3.632 indivíduos com mais de 65 anos e, os que rezavam ao menos uma vez por semana, tinham pressão 40% melhor. O cardiologista Roque Savioli acrescenta que, em geral, o efeito positivo da fé no organismo é promovido em quem era praticante da religião. Os descrentes, quando são avaliados, não têm vantagens com a reza.

Atestar que as consequências positivas da religião são evidentes somente em pessoas que têm fé é um forte indício, dizem os especialistas, de que a influência é mais relacionada ao estilo de vida da pessoa do que ao “poder da oração”.

O psiquiatra Frederico Leão, responsável pelo Programa de Saúde e Espiritualidade do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP), diz que os benefícios de qualquer credo – católico, espírita, umbanda, evangélico – estão no apoio social que as entidades dão aos pacientes.

“Existe um estímulo por parte das instituições em incentivar hábitos saudáveis, uma qualidade de vida melhor, que funciona como fator protetor da saúde”, diz.

Hábitos de vida mais saudáveis por parte de quem frequenta qualquer instituição religiosa também são acrescidos de um outro benefício, diz Leão. Em novenas para santos, em dízimos para Jesus, em flores para Iemanjá ou oferendas a Buda, os fiéis encontram um propósito de vida. Este seria o ponto chave para definir o grupo de desenganados pela medicina que sobrevive e o que não consegue recuperar.

A fé que promete melhorar a saúde também pode ser prejudicial. Quando envolve fraude, fanatismo e enganação, em vez do efeito protetor, os riscos são aumentados. Os médicos afirmam que isso acontece quando há um abandono do tratamento convencional, remédios, medicamentos, terapias, para mergulhar em crenças e promessas de cura.

Em 2006, a imprensa noticiou o caso de Sandra, filha de Pelé, que morreu de câncer de mama. Declarações de uma médica na época informaram que ela, por acreditar em um milagre divino, foi resistente e recusou as sessões de quimioterapia. Achou que só Deus iria salvá-la.

De um modo geral, os especialistas acreditam que, quando os médicos estão mais preparados para lidar com as crenças religiosas dos pacientes há menos espaço para a influência de charlatões. Marlene Rossi, presidente da Associação Médico-Espírita do Brasil afirma que as portas das universidades começam a ser abertas para a entrada da espiritualidade da saúde.

“Já há cursos optativos de Medicina e Espiritualidade na Universidade Federal do Ceará, na Faculdade Monteiro Lobato, em Porto Alegre, na Universidade Federal do Triângulo Mineiro, na USP e na Federal do Espírito Santo”, afirma.

Acreditar que a medicina caminha de costas para a religiosidade não é uma verdade brasileira. Pesquisa do Conselho Federal de Medicina (CFM), feita com sete mil médicos de todo País, atestou que a maioria é envolvida com a espiritualidade. Do total de entrevistados, apenas 13,6% afirmaram não ter nenhuma religião. Do restante, 62,9% disseram ser católicos, 11,5% espíritas, 7,3% protestantes e 4,7% de outras religiões. Além disso, 43,8% dos profissionais ouvidos relataram ser muito ou totalmente religiosos.

Para o presidente do CFM, Roberto D’ávila, independentemente de qualquer que seja a sua própria crença religiosa, o profissional médico deve respeitar e conversar sobre a religiosidade do paciente. Se o profissional adotar essa postura, D’ávila acredita que a mistura de oração e tratamento convencional só pode ser positiva.

Fernanda Aranda, iG São Paulo 02/04/2010


Meu comentário:

Sou médica e posso concluir, depois de ter tido um câncer e superá-lo (e luto, todos os dias), que não me curaria se não tivesse renovado a minha espiritualidade. A minha crença de que Deus estava no comando e queria me restabelecer foi essencial. A minha mãe me levou ao seu encontro, novamente. (O primeiro foi no meu batismo, na crisma e depois, na unção dos enfermos - que não é somente para um moribundo, mas sim para todos os doentes). Hoje, não acredito em cura de alguém que não tenha se encontrado com Jesus Cristo. Depois de estar aos seus pés, a gente sente no coração que temos força para fazer o que precisa ser feito. E, pra ontem! Depois de ter trabalhado por 8 anos em hospitais públicos e privados no Distrito Federal, tenho a capacidade de registrar aqui a minha opinião de profissional de antes (e, talvez, mais pra frente) e paciente de sempre: não há outra saída para quem deseja viver. O caminho é seguir o que Deus coloca em seu íntimo através da sua voz interior. Tudo começa quando você passa a se conectar com sua mente e emoção. Frequenta-se mais, entende? Afinal, todas as respostas encontram-se dentro da gente. Oncologista, mastologista, cirurgião plástico, ginecologista, homeopata, cardiologista, psiquiatra, endocrinologista, angiologista, nutricionista, fisioterapia, psicóloga, massagista, dentista, afffff, e etc, são os meios pra se curar, mas o essencial é você acreditar que Deus te quer viva e te dá a coragem para enxergar a luz no fim do túnel. A vida tem as mesmas estradas para todos nós. Aquela cheia de problemas e stress. Mas, que também é maravilhosa e vale a pena ser vivida com gratidão e paciência. Buscando o equilíbrio e a harmonia das nossas atitudes, diariamente. Hoje, sinto que estou mais obediente, atenta aos sinais do Pai. Peço, incessantemente, que Ele me faça mais e mais humilde para ouvi-lo e compreendê-lo. Peço mais perdão e saúde . E mais tudo o que posso ao Espírito Santo. Apesar de ser um exercício eterno de interiorização, tenho certeza de que o Deus que existe em mim conecta-se com o meu exterior (digo, as pessoas, os animais, os objetos, etc) se eu permitir. É como se houvesse uma energia que só é liberada se eu, sendo o canal de comunicação com o universo em minha volta, estiver vivendo satisfatoriamente. O meu prazer com tudo o que faço me dá essa possibilidade (e recompensa). Assim, é melhor. Estou aqui para ser feliz. Portanto, concluo que só sendo médica não chegaria a pensar assim. Precisei de me tornar doente e passar para a cadeira de cá para descobrir um mundo de coisas. E, acredite, tornei-me uma Caroline, pessoa e médica muito melhor porque dou um valor extraordinário à minha vida. E às vidas das outras pessoas. Consigo enxergá-las sob um outro aspecto, aquele invisível e que a maioria (não posso afirmar que são todos os meus colegas porque só topei com médicos, inacreditavelmente, tementes a Deus e sabedores da sua pequenez diante das mazelas da doença) não se importa (pois dá trabalho em se colocar na pele do outro na sua frente). Imensurável, mas perceptível e, imprescindível para se conhecer mais profundamente um indivíduo. Não somos só um corpo que anda, fala, procria, reclama, irrita-se, come, dorme, diverte-se, etc. Há uma alma, um espírito e uma mente ali com toda a sua história, única e sublime. Há de se valorizar até um suspiro. Ele diz o indizível. A impressão que eu tenho é a de que podemos diagnosticar qualquer doença porque já passamos pelo processo do adoecer. E, ficar doente, nada mais é do que tornar-se pobre diante de tudo e de todos. Não ter saúde é o estado mais deprimente porque você está numa condição máxima de vulnerabilidade. E é nessa hora que você deve notar a mão de Jesus Cristo estendida pra você. Ali, o tempo todo. Desde que você nasceu. Mas, que nos "plantões da vida", esquece e se lembra quando está caído no chão. E O SENHOR TE LEVANTA. Não tenha dúvida. Só Ele faz isso. Basta que você deixe de ser autossuficiente e disponibilize as suas convicções para Ele transformar. E tudo acontece da forma mais tranquila e bendita possível. Tudo passa a ter solução. A se encaixar. Na sua hora que é aquela que Deus determina. Pense num dia a cada dia. Deixe o todo pra depois (ou pra nunca). O que importa é você acreditar que vai acordar e dormir nas graças de Deus. Que pra tudo Ele dá um jeito. Todos os problemas. A solução vai chegar. Espera. Confia. Acrdita. Entregue-se. Afinal, Ele me livrou junto com tantos outros filhos da morte dando-nos uma vida em abundância. A graça divina existe para todos nós. Abuse dela. Exemplos existem ao seu lado, agora, da misericórdia, bondade e amor infinitos do Pai. Não fique doente para compreender isso. Beijo.

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