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37 anos. CA de Mama em 2008. A CURA está dentro de mim.

domingo, 11 de abril de 2010

Indignada e triste...



A gente liga a televisão, lê jornal, liga a internet e só dá pra ficar cada vez mais perplexa com os acontecimentos no Brasil, recentemente.
Depois que li a reportagem da Veja desta semana ficou um pouco mais claro compreender que a corrupção de políticos descompromissados com a vida de seus eleitores foi a grande causadora dos deslizamentos que ainda existem e causarão estragos para as gerações futuras. A tragédia carioca expõe para todos que a vida humana vale apenas um voto nas eleições. A troca de favores alicia, domina e condena desfavorecidos a viverem como pessoas desprovidas de qualquer direito civil nos morros e favelas do Rio. Inclusive, à vida. Assito às reportagens com tristeza, revolta e acho inacreditável a benevolência com que os cidadãos que perderam seus parentes e pertences conversam com as pessoas. Nenhuma lágrima. Um rastro de vida pra refazer tudo novamente. Parece que ainda não se deram conta das perdas. A ficha não caiu. A cidadania deve estar em algum lugar do passado, quando o Rio dava orgulho a todos os brasileiros. O que mais precisa acontecer para que essa corja oportunista seja condenada? Quantas famílias inteiras terão que passar por isso e pagar com suas vidas ainda até que a vontade de muitos construa não só moradias seguras, mas garantam os direitos de todos que estão na nossa constituição? A lama do Rio é a lama da falta de vergonha, impunidade que deveria ser passada na cara desses prefeitos bandidos que permitem a favelização há muito tempo, desde o governo do Brizola na década de 80. De lá prá cá, a coisa só piora.
Na crônica da Lya Luft desta semana fico mais triste ainda.
Fala sobre os filhos e filhas dos lixões do Brasil. Revolta com vontade de chorar.
Consegui entender a dimensão da pobreza ao ler sobre a "sina" dessas famílias que sobrevivem nesses locais. Crianças nascidas no lixo. Mães que as amamentam no mesmo lixo. Gerações do lixo. Tudo triste demais. Absurdo pra acreditar. Nunca visitei um lixão. Sei que eles existem, inclusive bem perto daqui, em Aparecida de Goiânia. Desejo ir lá em breve junto com a Irmã Adriana da Comunidade Luz da Vida do Padre Luiz Augusto. Enquanto isso, deixo aqui o meu desabafo (e desejo) por um país melhor. Mais justo. Melhor. Onde não seja necessário haver a morte de muitos inocentes, trabalhadores, cidadãos que têm direito a uma vida digna para alguma providência séria ser tomada. Jesus Cristo disse: "A fé sem obras é morta". Que todos nós saibamos ser operários onde estivermos, socorrendo quem precisa e está na nossa frente. E, pra gente que está longe do poder, uma das nossas formas de ajudar é votar em dirigentes comprometidos em proporcionar o que é melhor para a população que o elegerá. Cada um tem que fazer a sua parte.

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