Pesquisa divulgada nesta quarta-feira pelo Ministério da Saúde mostra que mais mulheres brasileiras tiveram acesso à mamografia.
O estudo, chamado de PNAD, utiliza dados de 2008 e mostra que 31,4 milhões de mulheres com mais de 25 anos já fizeram o exame mais indicado para identificar o câncer de mama. O número representa um aumento de 48,8% comparado com 2003. A cobertura atual está em 54,5% das mulheres.
Apesar de mais mulheres estarem nas estatísticas da mamografia, a detecção do câncer de mama ainda é tardia no Brasil. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, todos os anos, 49 mil mulheres em média recebem o diagnóstico positivo da doença e mais da metade delas só quando o tumor está em fase avançada, o que diminui o índice de cura e torna o tratamento mais invasivo, quase sempre com a necessidade de retirada da mama.
Este não é o único indicativo de que o atendimento da paciente com câncer é falho. O Instituto da Mama (Imama) divulgou no início do ano uma estatística que 25% das mulheres com a neoplasia maligna nas mamas acabam morrendo, índice dez pontos porcentuais maior do que o registrado nos Estados Unidos da América (15%).
No evento de divulgação dos dados, a presidente do Imama, Maíra Callefi, afirmou que o Brasil precisa dar um passo importante no atendimento do câncer de mama. “Não adianta apenas a mulher fazer mamografia, descobrir que tem câncer de mama e não conseguir ser incorporada aos tratamentos e serviços de saúde.”
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