terça-feira, 6 de abril de 2010
Olivia...
Se a Olívia Monteiro, hoje 55 anos, contasse a sua história de vida para a Olívia Monteiro do passado, aos 20 de idade, provavelmente, receberia em retribuição às palavras um semblante de dúvida, descrença e até desdém.
Quando jovem, a militante política baseou a sua formação intelectual nos livros de Karl Marx. Só não entrou para o partido comunista porque não era, assim, toda ateia. Mas passava longe de ser considerada uma religiosa.
Quase três décadas depois, na Bíblia, ela encontrou o caminho para a sua formação espiritual. O câncer de mama, diagnosticado em 2001, poderia ser classificado como o divisor de águas. Mas Olívia, que mora em Cruzeiro, interior de São Paulo, considera que as vidas antes e depois da doença são complementares.
Assim como Olívia, a fé e a medicina já foram divorciadas. E assim como Olívia, hoje a fé e a medicina são complementares.
A ciência está debruçada em desvendar os segredos da saúde dos fiéis e hoje, apesar das mais de 2.700 publicações produzidas, não há uma resposta clara sobre qual será o desfecho para as pessoas de diferentes convicções espirituais e classes sociais que iniciam o caminho até a fé com um diagnóstico.
Ainda que os cientistas tenham dúvidas, na Avenida Tiradentes, zona norte da capital paulista, todos os dias 200 fiéis vão tentar na prática alcançar os benefícios prometidos da espiritualidade na saúde.
Lá é o endereço do Mosteiro da Luz, onde são distribuídas as pílulas de Frei Galvão, recém canonizado santo. A crença é que a novena com as pílulas consegue auxiliar pessoas com os mais diferentes problemas.
Na última quinta-feira, os interessados nas pílulas traziam dos prontuários médicos de todo o Brasil histórias de diabete, gravidez de risco, câncer, pressão alta, nefrite, artrite. Depressão, gastrite, enxaqueca, dor.
A arquiteta Olivia estava no local não para pedir mas para agradecer a recuperação do câncer de mama que, no passado já havia vitimado sua mãe, tias, primas e irmã.
Olivia poderia ser budista, evangélica, espírita ou do candomblé. Mas “a antiga militante descrente” hoje complementada pela “arquiteta espiritualizada”, agradece tanto a Marx quanto a Deus.
Fernanda Aranda, iG São Paulo | 02/04/2010
Meu comentário:
Ainda durante a quimioterapia, frequentava a Igreja Nossa Senhora do Imaculado Coração de Maria no centro de Goiânia e uma senhora que participava do grupo de oração chamada Fátima me chamou e me pediu para escrever ao Mosteiro da Luz pedindo as pílulas de Frei Galvão. Explicou que um parente dela havia se curado com os pedidos ao santo. Eu, claro, peguei o endereço e recebi, três semanas depois, uma cartinha com uma oração e as pílulas dentro do envelope que as irmãs confeccionam.
"Certo dia um moço, que se debatia com fortes dores provocadas por cálculos renais, pediu a Frei Galvão que o abençoasse para ficar livre da dor. Frei Galvão, lembrando-se do poder de intercessão da Santíssima Virgem, escreveu num papelzinho o verso do breviário: "Post partum Virgo inviolata permansisti, Dei Genitrix Intercede pro nobis" e mandou ao moço ingerir o papelzinho feito em forma de pílulas. O moço o fez, confiando em Nossa Senhora e expeliu os cálculos sem dificuldade.
Caso semelhante se deu: Frei Galvão foi procurado por um senhor, pedindo ajuda para sua mulher que se achava em grave trabalho de parto e com perigo de vida.
Frei Galvão se lembrou do caso do moço curado e deu ao senhor as pílulas de papel com os mesmos dizeres: "Depois do parto, ó Virgem, permanecestes inviolável, ó mãe de Deus, intercedei por nós". Depois de ter ingerido as pílulas, a mulher deu à luz sem problemas".
Esta foi a origem das pílulas que desde então foram muito procuradas pelos devotos de Frei Galvão, e até hoje o Mosteiro fornece às pessoas que têm confiança na intercessão de Frei Galvão.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário