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37 anos. CA de Mama em 2008. A CURA está dentro de mim.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Na saúde, sim...




Na doença, não.
Pesquisa diz que as mulheres têm seis vezes mais chance de ser abandonadas pelos maridos quando estão doentes. O que os faz ir embora?
Na circunstância contrária, ou seja, quando o homem é que está enfermo, a taxa foi de 3%. A situação não é apenas lamentável do ponto de vista da saúde emocional. Ela é também uma ameaça à resistência física. Afinal, a separação piora a qualidade de vida e compromete o tratamento. "Verificamos que as mulheres nesta condição se internam mais, tomam mais antidepressivos e têm risco aumentado de morrer em comparação àquelas que continuam com seus parceiros", afirmou Marc Chamberlain, diretor do Programa de Neuro-oncologia do Seattle Center Care Alliance e um dos autores do estudo.
"O câncer traz muitas perdas. Mas observo que a separação ocorre principalmente quando a relação já está desgastada. Toda relação é construída por constantes mudanças", afirma a terapeuta de família Marisa Micheloti, de São Paulo. "Essa dinâmica proporciona crises que podem ser construtivas ou motivadoras do fim da união".
Há, ainda, particularidades próprias da mulher e do homem envolvidas. Muitas vezes, ela tem dificuldade de lidar com a doença e por isso se afasta do marido. Eles, por uma questão cultural, tendem a reagir mal diante de uma situação sobre a qual não têm controle.
(Revista ISTOÉ 23/12/2009)

Meu comentário:
Quando soube que estava doente, estava namorando um cara há 2 anos. No começo, ele se mostrou super prestativo e confirmava pra mim que estaria ao meu lado. E esteve, em algumas poucas circunstâncias, tais como quando comecei a peregrinar pelos consultórios e quando fui ao salão raspar os cabelos. Fiquei careca na frente dele e choramos juntos dentro do carro. Iniciei a minha quimioterapia e ele estava comigo na primeira noite quando a gente nem dorme de tanta taquicardia. Depois de vir ficar comigo umas duas vezes durante as primeiras sessões de quimio, disse-me que tinha muitas outras coisas pra tocar e que a vida dele não girava em torno da minha, somente, mas considerava que a sua ausência não seria entrave pra continuarmos o relacionamento. Eu passava uma semana arrastando-me pela casa com muita fadiga e, na seguinte, meu único desejo era poder sair de casa, ir a algum restaurante, ir ao cinema, passear, etc... Mesmo assim, pensava, o cara não se organizava pra ficar comigo. Terminamos, claro. Até hoje, pelo que eu sei, ainda está sem rumo, "boiando" na vida. Eu já me tratei, já voltei a VIVER A VIDA e a criatura está do mesmo jeito, no mesmo lugar, pensando as mesmas coisas... Apesar de mostrar que nunca estão preparados para topar uma empreitada desse tamanho ao lado da mulher que diziam que "amavam", eles, geralmente, não tem o que dar pra gente porque não tem o que proporcionar para eles mesmos. Aliás, isso vale pra qualquer outra pessoa próxima em nossas vidas. Não devemos exigir algo (nesse caso, é amor com tudo o que ele significa) de, absolutamente, nenhum ser humano. Primeiro, esse amor deve emergir de dentro de nós. Somos capazes de sobreviver a qualquer tempestade emocional se tivermos consciência da nossa força interior. No meu caso, isto eu tirei (e tiro) da minha fé em Jesus Cristo, do carinho e cuidado da minha família, da preciosidade das minhas amizades, homens e mulheres, das minhas leituras, etc. Afinal, temos que buscar a nossa felicidade. Escolha o seu caminho, amiga. Seja lá em que ocasião for, triste e dolorosa, ou não. E, depois que passa, você só enxerga uma guerreira no espelho. E agradece porque foi capacitada para dar conta do recado. Está viva. Bem e feliz, graças a Deus!

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