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37 anos. CA de Mama em 2008. A CURA está dentro de mim.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O Crucifixo da Igreja Sacré Coeur no Haiti...

A solução.

"Acabo de ver a imagem do crucifixo da igreja no Haiti, exibida pelo Fantástico, da Rede Globo. O templo sagrado desabou e restou aquele crucifixo, quase intacto, grande, erguido, exposto aos olhares que banham de lágrimas as noites haitianas. As pessoas param em frente a ele, choram e rezam.
Esta imagem provoca o ser pensante. Por que foi assim? Por que aquele crucifixo resistiu ao equivalente a 30 bombas nucleares como a de Hiroshima? E Cristo ficou ali. Parece ser aquela Sexta-Feira Santa, em Jerusalém, no alto do Calvário.
Pus-me a pensar e contemplar a chocante cena. Abri as Sagradas Escrituras e pus-me a ouvir o Senhor. O Filho do Homem permaneceu naquele lugar, representado pela imagem, para dizer aos sofredores haitianos que eles não estão sozinhos. Jesus Cristo está crucifixado com eles e eles com Cristo.
Os braços do Filho de Deus permaneceram abertos em Porto Príncipe para acolher o clamor de homens e mulheres transpassados pela lança de destruição, da fome, da sede, da perda de esperanças. O lado aberto do Cordeiro de Deus ficou ali, ás margens da rua destruída, para dar descanso e consolo aos que ainda gritam por socorro debaixo dos escombros de uma cidade cujo concreto tombou sobre vidas cheias de sonhos.
O Crucifixado resistiu às forças cósmicas para dar refúgio e abrigo aos que vagueiam pelas ruas sem destino. O crucifixo do Haiti foi mais forte que o terremoto para manter viva na mente e coração dos que por aquela rua passarem a boa notícia: "Prova de amor maior não há, que doar a vida pelo irmão." (Jo 15,13).
Ali ficou uma imagem sagrada feita de matéria, porém, ao seu lado, ficaram os corpos de homens e mulheres, que viveram até o fim o Mandamento Novo. Eles foram imagens vivas do Bom Pastor que dá a vida por suas ovelhas. Trata-se da dra. Zilda Arns e de 15 sacerdotes presentes naquela igreja no momento da tragédia. Eles estavam juntos porque queriam amar intensamente as crianças daquela nação que esperavam por vida e vida em abundância. O crucifixo do Haiti permanece erguido e o Espírito de Deus fala aos corações das pessoas de bem que salvam aquela sofrida gente.
Em meio ao caos da maior tragédia enfrentada pela ONU, há esperança, a luz dissipa as trevas em cada pessoas resgatada com vida, e em cada criança amparada. E o brilho volta a resplandecer nos olhos que agora choram os mortos. É a força criativa e reconstrutora do amor estampada no Crucifixo do Haiti."

Pe. Francisco Agamenilton Damascena
Vice-Reitor do Seminário São José
Uruaçu-GO


O problema.

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